sábado, 19 de abril de 2008

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Elvis Presley - Always On My Mind

Elvis Presley - Suspicious Minds

A morte de Elvis - Contada pela imprensa

Na noite de 15 de Agosto Elvis vai ao dentista por volta das 11 da noite, algo muito comum para ele. De madrugada ele volta a Graceland, joga um pouco de tênis e toca algumas canções ao piano, indo dormir por volta das 4 ou 5 da madrugada do dia 16. Por volta das 10 horas Elvis teria levantado para ler no banheiro, o que aconteceu desse ponto até por volta das duas horas da tarde é um mistério, o desenlace ocorreu, possivelmente, no final da manhã, no banheiro de sua suite, na mansão Graceland, na cidade de Memphis, no Tennessee.Elvis só foi encontrado morto no horário das duas horas da tarde por sua namorada na época, Ginger Alden. Logo após, o seu corpo é levado ao hospital "Memorial Batista" e sua morte confirmada.

A morte de Elvis Aaron Presley no dia de 16 de agosto de 1977, causada por colapso fulminante associado à disfunção cardíaca, surpreendeu o mundo, provocando comoção como poucas vezes fora vista em nossa cultura. Os fãs se aglomeraram em maior número em frente a mansão. As linhas telefônicas de Memphis estavam tão congestionadas que a companhia telefônica pediu aos residentes para não usarem o telefone a não ser em caso de emergência. As floriculturas venderam todas as flores em estoque. O velório aconteceu no dia 17. Alguns, dos milhares de fãs, puderam ver o caixão por aproximadamente 4 horas.

Por volta das 3 da tarde do dia 18 a cerimônia para familiares e amigos foi realizada, com canções gospel sendo cantadas pelos "Stamps" (Grupo vocal gospel) e por Kathy Westmoreland (cantora), ambos fizeram parte do grupo musical de Elvis. Após a cerimônia todos foram levados até o cemitério em limusines, logo em seguida o corpo de Elvis é enterrado. Mas para os fãs e apreciadores, a morte física de Elvis pouco importa. E para seus admiradores, enquanto houver desejo e emoção, Elvis Presley viverá.

A morte de Elvis - Contada por Priscilla

"Em abril de 1977 Elvis ficou doente, teve que cancelar uma excursão e voltar para Graceland. Lisa e eu estávamos lá, visitando Dodger (a avó do cantor). Ele me chamou a seu quarto. O rosto e o corpo estavam inchados. Vestia um pijama, o traje que parecia preferir agora quando estava em casa.Tinha nas mãos o livro dos números de Cheiro e disse que queria que eu lesse alguma coisa. Sua busca por respostas não se extinguira. Ainda procurava seu propósito na vida, ainda achava que não encontrara a sua vocação. Se descobrisse uma causa para defender, quer fosse uma sociedade sem drogas ou a paz mundial, teria o papel que procurava na vida.

Mas Elvis jamais encontrou uma cruzada para tirá-lo de seu mundo enclausurado, uma disciplina bastante forte para anular a fuga nas drogas, naquela noite ele leu para mim, procurando por respostas, exatamente como fizera no ano anterior e em todos outros anos antes. Foi a última vez em que o encontrei.

Embarcamos no avião Lisa Marie por volta das nove horas daquela noite, 16 de agosto de 1977. A principio, fiquei sentada sozinha, desesperada. Depois, fui para a parte posterior do avião onde ficava o quarto de Elvis. Deitei ali, incapaz de acreditar que Elvis estava mesmo morto.

A viagem pareceu interminável. Eu estava completamente atordoada ao chegarmos a Memphis. Fomos levados a uma limousine à espera na pista, a fim de evitar os fotógrafos. Partimos a toda velocidade para Graceland, onde fomos recebidos por rostos frenéticos e incrédulos, de parentes, amigos íntimos e criados – as mesmas pessoas que nos havia cercado por tantos anos. Eu passara a maior parte de minha vida com aquela gente e olhar para todos agora foi terrível.

Lisa estava lá fora, no gramado, em companhia de uma amiga, passeando no carrinho de golfe que o pai lhe dera. A princípio, fiquei aturdida por ela brincar numa ocasião como aquela, mas depois compreendi que Lisa ainda não fora ainda plenamente atingida pelo impacto do que acontecera. Vira a ambulância levando Elvis e ele ainda estava no hospital quando cheguei, por isso, Lisa estava confusa.

É verdade? – perguntou ela – papai morreu mesmo?

Não sabia como contar a Lisa como nunca mais tornaria a ver o pai novamente. Balancei a cabeça e depois abracei-a. Lisa se afastou e voltou a passear de carrinho de golfe. Mas agora eu estava mais contente por ela ser capaz de brincar. Sabia que era sua maneira de evitar a realidade, era apenas uma criança.

A noite parecia interminável. Várias pessoas sentaram em torno da mesa de jantar, conversando. Foi então que tomei conhecimento das circunstâncias da morte de Elvis. Fui informada de que Elvis jogara tênis com seu primo Billy Smith até às quatro horas da madrugada, com a mulher de Billy, Jo, e a namorada de Elvis, Ginger, assistindo. Depois, todos se retiraram para dormir, mas enquanto Ginger dormia, Elvis permaneceu acordado, lendo. Ligou para tia Delta e disse que queria um pouco de água gelada, estava tendo dificuldades para dormir.

Elvis ainda estava lendo quando Ginger acordou, às nove horas da manhã, e quando ela voltou a dormir, por volta de uma hora da tarde. Quando ela despertou, Elvis não estava na cama. Foi encontrá-lo caído no chão do banheiro. Ginger gritou por socorro e Al Strada e Joe Esposito subiram correndo. Depois de chamar a ambulância, Joe aplicou respiração boca a boca em Elvis. Quando a ambulância estava saindo com Elvis para o hospital, seu médico particular, Dr Nick, apareceu e foi junto para o Memorial Batista. Ali os médicos tentaram por meia hora ressuscitar Elvis. Mas foi tudo inútil. Ele foi declarado morto ao chegar, de parada cardíaca. Vernon pediu a autópsia. O corpo foi levado para a agência funerária Memphis, a fim de ser preparado para a exposição no dia seguinte.

Enquanto estava escutando o relato das últimas horas de Elvis, fui me sentido cada vez mais perturbada. Havia dúvidas demais. Elvis raramente ficava sozinho por períodos prolongados. Subitamente compreendi que precisava ficar sozinha. Subi para a suíte de Elvis, onde passamos boa parte de nossa vida conjugal. Os aposentos estavam arrumados mais do que o normal, muitos de seus pertences pessoais haviam desaparecido, não havia livros na mesinha de cabeceira, onde foi parar seus livros queridos, aqueles que ele jamais se separava? Fui ao seu quarto de vestir e era como se pudesse sentir sua presença viva – sua fragrância característica impregnava o quarto. Era uma sensação fantástica.

Não demorou muito para que o caixão fosse instalado no vestíbulo da frente, aberto à visitação pública. Fiquei no quarto de vovó a maior parte daquela noite, enquanto milhares de pessoas do mundo inteiro apareciam, prestando sua última homenagem. Muitas choravam, alguns homens e mulheres até desmaiaram. Outras se demoravam junto ao caixão, recusando-se a acreditar que era ele mesmo. Elvis fora realmente amado, admirado e respeitado.

Esperei pelo momento certo para Lisa e eu nos despedirmos. Era tarde da noite e Elvis já fora transferido para a sala de estar, onde seria realizado o funeral. Havia silêncio, todos haviam ido embora. Juntas, ficamos paradas ao lado do caixão emocionadas. 'Você parece tão sereno, Sattnin, tão descansado...sei que vai encontrar lá toda a felicidade e todas as respostas'. Lisa pegou minha mão e pusemos no pulso direito de Elvis uma pulseira de prata, mostrando mãe e filha de mãos dadas.

- Vamos sentir sua falta... - murmurei.

Durante o serviço religioso, Lisa e eu sentamos junto de Vernon e sua nova noiva, Sandy Miller, Dodger, Delta, Patsy, meus pais, Michelle e o resto da família. George Hamilton estava presente. Ann Margret compareceu em companhia do marido, Roger Smith. Ann apresentou suas condolências com tanta sinceridade que senti um vínculo genuíno com ela.

J.D. e os Stamps Quartet cantaram as músicas evangélicas prediletas de Elvis. Vernon escolhera o pregador, um homem que mal conhecia Elvis e falou principalmente de sua generosidade. Elvis provavelmente teria rido e diria ao pai: 'Não poderiam ter arrumado um comediante ou algo parecido?'. Elvis não queria que o lamentássemos.

Encerrado o serviço, fomos para o cemitério, Lisa e eu acompanhamos Vernon e Sandy. Ficava a cinco quilômetros da casa e por todo o percurso havia pessoas nos dois lados da rua, com outra milhares de pessoas no cemitério. Os carregadores do caixão – Jerry Schilling, Charlie Hodge, Dr Nick e Gene Smith – levaram-no até o mausoléu de mármore. Houve uma breve cerimônia e depois, um a um, todos nos aproximamos do caixão, beijamos ou tocamos, murmuramos algumas palavras finais de despedida. Depois, por medida de segurança, Elvis foi transferido para o jardim de Graceland, seu local de repouso eterno.

Eu sabia que minha vida nunca mais seria a mesma. A morte de Elvis tornou-me muito mais consciente de minha própria mortalidade e das pessoas que eu amava. Compreendi que era melhor começar a partilhar mais com as pessoas com quem me importava, cada momento que tinha com minha filha ou meus pais se tornou mais precioso.

Aprendi com Elvis, muitas vezes – lamentavelmente – com seus erros. Aprendi que ter muitas pessoas ao redor pode minar suas energias. Aprendi o preço de tentar fazer todos felizes. Elvis dava presentes a alguns e deixava outros ciumentos, freqüentemente criando rivalidades e ansiedades no grupo. Aprendi a confrontar as pessoas e os problemas – duas coisas que Elvis sempre evitara.

Aprendi a assumir o controle da minha vida. Elvis era tão jovem quando se tornara um astro que nunca fora capaz de manipular o poder e o dinheiro que acompanhavam a fama. Sob muitos aspectos, ele foi uma vítima, destruído pelas próprias pessoas que atendiam a todos os seus desejos e necessidades. Foi também uma vítima de sua imagem. O público queria que ele fosse perfeito, enquanto a imprensa implacavelmente exagerava os seus defeitos. Nunca teve a oportunidade de ser humano, de crescer para se tornar um adulto amadurecido, experimentar o mundo além de seu casulo artificial.

Quando Elvis Presley morreu, um pouco de nossas próprias vidas nos foi tirado, de todos que conheciam e amavam Elvis Presley, que partilharam suas músicas e filmes, que acompanharam sua carreira. Sua paixão era divertir os amigos e os fãs. O público era seu verdadeiro amor. E o amor que Elvis e eu partilhamos foi profundo e permanente.

Passei muitas horas recordando momentos de meu passado que são para mim pedaços da história, significativos e memoráveis. Quando decidi contar essa história, não tinha a menor idéia de como seria uma tarefa difícil e emocionada. Muito se disse e escreveu a respeito de Elvis, por aqueles que o conheciam e outros que não conheciam mas diziam que conheciam. Espero Ter oferecido uma perspectiva melhor do que ele foi como um homem. Outros livros apresentaram uma imagem não muito lisonjeira, ressaltando suas fraquezas, excentricidades, explosões violentas, perversões e abuso de drogas. Eu queria escrever sobre amor, momentos preciosos e maravilhosos, outros repletos de sofrimento e desapontamento, sobre os triunfos e derrotas de um homem, uma grande parte com uma criança mulher ao seu lado, sentindo e experimentando suas angústias e alegrias como se fossem uma só pessoa.

Eu não seria honesta se não dissesse, ao revelar nossa vida, tão invejada, que não foi fácil para mim. Houve muitas ocasiões em que desejei pular fora, desistir, esquecer ou abrir mão daquele amor tão penoso. Alguns vão achar que omiti muitas datas importantes, fatos específicos e histórias incontáveis. Não creio que alguém possa sequer começar a captar a magia, sensibilidade, charme, generosidade e grandeza desse homem que tanto influenciou e contribuiu para a nossa cultura através de sua arte e sua música. Nunca tive intenção de realizar tal feito, queria apenas contar uma história. Elvis foi uma alma gentil, que emocionou e proporcionou felicidade a milhões de pessoas no mundo inteiro e continua a ser respeitado por seus semelhantes.

Ele era um homem, um homem muito especial."

Escrito por Priscilla Presley em seu livro "Elvis and me", em 1985.

A separação

No início de 1972, Priscilla e Elvis se separaram e o divórcio foi finalizado em 09 de outubro de 1973. Eles continuaram amigos e foram vistos de mão dadas durante o divórcio.

Apesar dele ter sido um marido pouco devotado, não há dúvidas que ele foi um pai devotado a Lisa Marie. Até o fim da sua vida, Elvis adorava Lisa Marie, mimando-a e enchendo-a de jóias e presentes quando ela o visitava e raramente, ou nunca, disciplinando-a.

Como em muitos outros aspectos da sua vida, o amor de Elvis pela sua filha era exagerado. Uma vez ele fez uma viagem para o exterior com seu jato particular para que ela pudesse brincar na neve. No seu aniversário ele alugou o Parque de Diversões Libertyland para Lisa Marie e seus amigos. Ele comprou para ela um carrinho de golfe e um pônei, que ele deixava ela montar na porta de Graceland.

Em sua autobiografia, Priscilla afirmou que ela e Elvis conservaram sua afinidade mútua e aproveitaram seu papel conjunto como pais.

Na foto: Elvis & Lisa Marie

É de conhecimento de todos o amor de Elvis para com Priscilla, ouve relatos que Elvis pedia para o levarem para visitar Priscilla e implorar para que voltasse para ele.

A separação acabou gerando os sintomas na vida de Elvis, nesse período surgiram músicas que eram simplesmente o momento que Elvis estava vivendo, "Separate Ways" (caminhos separados) e "Always on my mind" (Sempre em minha mente). A beleza de Priscilla é algo presente e forte até hoje, há rumores que Elvis havia ficado com Ginger Alden (sua última namorada) por causa da semelhança com Priscilla.

Na foto: Elvis & Ginger Alden

A vida no casamento

Menos de dois meses depois do casamento, Elvis começou a trabalhar em Speedway e em 12 de julho ele fez uma declaração no set de filmagens de que Priscilla estava grávida.

Depois, com sete meses de gravidez, ele chocou Priscilla ao sugerir que se separassem legalmente. Esta idéia foi rapidamente abandonada , mas logo depois que sua filha Lisa Marie, nasceu em 1° de fevereiro de 1968, o relacionamento esfriou rapidamente. Por um tempo, Priscilla tentou reascender o casamento, mas depois que Elvis voltou aos shows no verão de 1969, suas ausências freqüentes colocavam mais obstáculos no relacionamento que já era cheio de problemas.

Segundo pessoas próximas a Elvis relataram em vários livros e em documentários que Elvis não ficava sem mulheres. As vezes suas traições ficavam expostas na imprensa do mundo inteiro, como foi o caso de Ann Margret. Mesmo assim Priscilla foi agüentando os caprichos de Elvis. Ela relata que era traída quase que compulsivamente por Elvis, no entanto, ela não o considerava um canalha e sim, segundo suas palavras, aceitava a sua natureza de não conseguir ser fiel.

Na foto: Ann Margret & Elvis

Devido a esses fatores e ao fato de Elvis não a "procurar" mais como antes do nascimento de Lisa Marie, além dele ficar muito ausente por causa dos shows pelos EUA, Priscilla foi se sentindo sozinha, vivia cercada de guarda-costas e era praticamente vigiada o dia inteiro, por isso, diz ela, iniciou um caso amoroso com um instrutor de karatê Mike Stone, até então amigo de Elvis.